Primeiro Percurso Pedonal da A.R.T.T.
domingo, 27 de novembro de 2011
BOLETINS ANTIGOS - Boletim nº 1 (continuação)
Sonetos por Isilda Teixeira...
ALDEIA DE SENDIM
ALDEIA DE SENDIM
A Aldeia cresceu em casario
Tão diverso do que a caracterizava
Eram talvez mais a quem abrigava
Mas a vida, a muitos deu desvio.
Foram longe mais trabalho procurar
Quanto sofreram, não querem dizer,
E tudo o que trouxeram é digno de ver
Voltaram às raízes e souberam
alindar
A sua Aldeia que se foi aumentando
Nos dias de festa vai-nos dando
Aquele aspecto de grande cidade...
E quem é filha
da Terra também
Sente um certo orgulho que afinal contém
Aquele cunho de simplicidade!
EXPOSIÇÃO!
Nesta Aldeia uma exposição de achados
Arqueológicos que é bom conhecer
Pequena amostra que, a meu ver
Devem ser conhecidos e explorados...
Com seu pelourinho, vila antiga
Túmulos e caminhos romanos
À volta havia mais, mas os danos
Não tem remédio, por mais que se diga.
Aproveitar o que há, é de louvar
Vamos afinal com cuidado dar
Mais interesse pela nossa identidade
Hoje é feito do que ontem se fez
Respeitar o que fomos e talvez
Encontremos nele, um cunho de verdade!
Sendim, 8-8-98, Isilda Teixeira
sábado, 26 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
BOLETINS ANTIGOS - Boletim nº 1 (continuação)
UM POUCO DE HISTÓRIA
Sendim é das maiores Freguesias do concelho de Tabuaço, possuindo uma
área de 2.175 Hectares, dando uma extensão
de 21.750 Quilómetros quadrados,
sendo 911.330 m2 terrenos da Junta de Freguesia de Sendim. e uma população de 979 habitantes nos CENSOS 91, distribuída por três núcleos populacionais - Sendim, Aldeia e Paço e ainda por mais quatro povos: Guedieiros; Boições; Corte Nova e Cabriz.
O Seu historial
é bastante rico. As suas origens
remontam aos tempos pré-históricos,
facto que é comprovado pelos vestígios arqueológicos aí
encontrados: mamoas, castros, vestígios da romanização, como moedas e cerâmica
e sepulturas medievais cavadas na rocha em
vários locais da Freguesia (no Monte dos Baganhos, no Cabeço do Poio, etc.) Foi
povoado em 1030 pelo Mouro Zadan-Aben-Win que
era, na época, régulo de Lamego
(Pinho Leal "Portugal Antigo e Moderno", 1880, p.98).
Teve foral dado por D. Afonso III em 1250,
mas de tal não há notícia na Torre do Tombo. O concelho de Sindico
foi extinto em 1834, sendo anexadas ao
de Taboaço as respectivas freguesias que eram: Sindim,
Paradella, Arcos eNagoza,
passando mais tarde para o concelho de Moimenta da Beira.
Quanto ao património arquitectónico de Sendim, notável na profusão e
qualidade, situa-se na arquitectura
religiosa e civil. A igreja é um templo vasto e sumptuoso, de
arquitectura dórica, reconstruída no século XVIII. Várias capelas existem
também na Freguesia: Santa Luzia, Santo
Ovídio (Capela particular, do século XVII, mandada construir por
Francisco Gouveia e sua mulher), Senhora do
Bom Despacho, S. Miguel, Santa Bárbara, Santa Madalena em Cabriz e S. Marcos em Guedieiros.
Sendim foi outrora concelho (mais precisamente no século XIX), possuindo pelourinho, único monumento classificado da
Freguesia, o mais artístico e elegante do
actual Concelho de Tabuaço. Teve
assim, casa da Câmara, Cadeia, Tribunal, Juiz ordinário e outras autoridades civis. Como autoridade militar, um capitão que comandava uma "companhia
de ordenanças", sujeito ao capitão-mor de Moimental da Beira. Quando à arquitectura secular é de relevar a
grandeza dos tempos da monarquia,
conservando algumas casas brazonadas de elegante estilo arquitectónico
das nobres famílias dos Guedes, Mendonças,
Castilhos Monteiros, Soeiros, Regos e Gouveias Couraças.
A paróquia de Sendim é muito antiga,
e há dúvidas se já o seria no século XII, nos começos da nacionalidade. os juízes executores na cidade de Lamego a 15 de
Janeiro de 1321 taxaram a igreja de Sendim
em 300 libras e os três raçoeiros da mesma igreja em 30.
O censual do Cabido de Lamego diz, textualmente, da igreja de Sendim que "é da apresentação do Conde de Marialva" o então D. Francisco Coutinho e a confirmação do senhor bispo. Nessa altura
dizia-se da Nossa Senhora do Pranto de
Sindim. A igreja de Santa Maria
de Sendim, do padroado real, por bula papal de 14 de Março de 1538, foi autorizado a passar para o padroado da Universidade
de Coimbra.
A igreja de Sendim, também teve colegiada, tal como a de Barcos, com cinco beneficiados e respectivo reitor que
apresentava os curas de Arcos e Paradela.
Retirado de "O Nosso Jornal",
publicado pelo Conselho Escolar de Sendim (1999)
Boletim ARTT nº1 - Abril de 1999
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
BOLETINS ANTIGOS - Boletim nº 1 (continuação)
O PATRIMÓNIO DA REGIÃO TEDO-TÁVORA
Convida-me gentilmente o Fernando
Cardoso Teixeira a escrever algumas palavras introdutórias, por isso
necessariamente genéricas, sobre o património da Região Tedo-Távora.
Ao pegar na
pena, a primeira reflexão que me ocorre é
esta: mas será necessário chamar a atenção de alguém, que por felicidade não seja cego
para um tão vasto rico manancial de beleza?!
A
palavra "património" deriva do latim "patrimonium", significando etimologicamente valores, bens, herança de família. O património
Tedo-Távora é pois constituído por tudo aquilo
que a Família humana do Tedo-Távora herdou, soube conservar e, por isso, felizmente ainda o possui: vistas amplas e
lindas, montes majestosos de orografia recortada, vales profundos
—
o que a
criação e a natureza ofertou. Depois aquilo que a obra humana, esforçada e
amorosamente, implantou ao longo dos séculos: vilas e aldeias, Igrejas,
Capelas, Conventos, solares, fontes,
pelourinhos e velhas pedras. Sólida arquitectura popular tradicional. Pitorescos caminhos rurais, alguns vindos
da romanidade que foram e são vias de lavouras, colheitas ceifas e vindimas...
Estradas sinuosas de belas vistas, sombreadas
por um arvoredo nobre e genuinamente português
—
castanheiros,
carvalhos, sobreiros, pinheiros, cerejeiras,
oliveiras... Formosos vinhedos aqui e além, manchas de cereal, matas
pomares e hortas. Lindos rios e ribeiros — e uma barragem que não tem que invejar qualquer outra nas suas
perspectivas, felizmente ainda protegidas e por isso impolutas.
Artesanato e
cultura popular tradicional, a que os mais
novos começam a estar atentos, a amar e desenvolver,
para não se deixar perder a memória dos povos
e aquilo que é belo.
Não esqueçamos:
o património natural, humano e
histórico conservado, acarinhado e
inteligentemente cuidado é o melhor elemento revelador para o visitante do "património humano" da região — isto é,
da sensibilidade e cultura das gentes que a habitam e da própria noção esclarecida que tem do que é a verdadeira
evolução e o autêntico progresso.
Embaixador
- José Manuel Borges Cornélio da Silva
Boletim ARTT nº1 - Abril de 1999
BOLETINS ANTIGOS
Vamos recordar os primeiros boletins publicados pela ARTT.
Recuperar alguns artigos, imagens e outras publicações...
O primeiro - Boletim nº 1 - saiu no Milénio passado: abril de 1999!
Recuperar alguns artigos, imagens e outras publicações...
O primeiro - Boletim nº 1 - saiu no Milénio passado: abril de 1999!
domingo, 6 de novembro de 2011
sábado, 5 de novembro de 2011
Sabores da Terra - COGUMELOS SILVESTRES
Boleto Badio (Xerocomus badius)
- · Não colher os cogumelos demasiado jovens. Só depois de abertos é que caiem os esporos (semente).
- · Utilizar um cesto de vime, permite o arejamento e a disseminação dos esporos.
- · Não utilizar sacos ou baldes plásticos.
- · Não colher ou pontapear, os cogumelos que não identifica.
- · Não utilizar sachos ou ganchas.
- · Remover o solo o menos possível, para não danificar o micélio.
- · Utilizar um canivete para extrair o cogumelo.
- · Deixe sempre alguns cogumelos para que a sua espécie continue.
Frade (Macrolepiota procera)
Devem
colher só os cogumelos que conhecem, em caso de dúvida deixem ficar. Evitar
comer grandes quantidades.
A sancha (Tricholoma
equestre), em alguns países europeus é considerada tóxica. Em França e
Espanha é proibida desde 2005, 2006 por apresentarem um elevado grau de
toxinas. Evitar dar às crianças.
Em caso de intoxicação contactar 808
250 143
Sancha (Tricholoma equestre)
terça-feira, 1 de novembro de 2011
“Aquela Quinta-feira Negra”
Por
volta das 11 horas da manhã do dia 18 de Agosto de 2011, começou a deflagrar um
incêndio no concelho de Moimenta da Beira, na Freguesia de Cabaços. Acabou por
evoluir rapidamente e com várias frentes para o nosso Concelho. As principais
freguesias afectadas foram Sendim e Arcos, pois os fortes ventos que se fizeram
sentir, os difíceis acessos e as características do terreno fizeram com que não
fosse possível controlá-lo.
(...) Noelma Silva
SANTA LUZIA - ROMARIA DE VERÃO 4
“Perante
o olhar de Santa Luzia”
Santa
Luzia, protectora dos olhos e da visão, no passado dia 12 de Junho (Domingo),
teve mais uma festa, em seu louvor, organizada pela Comissão Fabriqueira. Neste
dia, o céu brilhou o dia todo, característico da época em
que nos encontramos.
(...)
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