Encontros e Encontro
Isto é a história das estórias das nossas vivências. Uma história de gentes
da nossa vila de Sendim em terras gaulesas.
Manuel nasce em Sendim, e, depois de uns anos em Lisboa,
vai para França em 1970, e lá ficou desde então. Isabel Meyrelles, nasce em
Matozinhos, vai para Lisboa em 1947/1948, onde expôs na 4.a Exposição
de Artes Plásticas, e em 1950, com ansiedade de liberdade, vai para Paris, como
muitos outros artistas portugueses. Foi nos anos 1990, e, no meio artístico que
Manuel do Nascimento trava conhecimento com Isabel Meyrelles. Para Manuel,
Isabel era uma artista portuguesa, que para ele o honrava, desta grande
personalidade e artista. Em 2005 recebe a Medalha do Mérito dourada de
Matosinhos. No dia 11 de dezembro de 2009, o Embaixador de Portugal em França,
Francisco Seixas da Costa, condecorou Isabel Meyrelles com as insígnias de
Comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. A condecoração foi
atribuída pelo Presidente da República Cavaco Silva, em junho de 2009. Além de
escultora, Isabel Meyrelles também publica livros de poesia. Isabel Meyrelles,
ainda voltou viver para Portugal entre 1970 e 1979, mas como não podia suporta
novamente Portugal (sic) voltou para França para ficar definitivamente em
terras gaulesas e viver a sua paixão artística e literária.
Desde há alguns anos, Manuel do Nascimento escreve
mensalmente uma página numa revista da diáspora portuguesa em Paris ‘Portugal
Mag’, onde pretende fazer redescobrir o nosso país. Acontece que Isabel
Meyrelles, anima também uma página nessa mesma revista, sobre a poesia. Até
aqui nada de mais normal. Eu lia a revista e os seus poemas e a Isabel a
revista e a minha página. Mas, um dia, na minha página ‘Redescobrir Portugal’, Isabel Meyrelles, ficou contente, de saber que
alguém escreve sobre Sendim ‘A minha terra’ diz ela a uma amiga dela que
colabora com a Isabel nos poemas, e, então, toda contente, e, pergunta à Nanda
(a sua amiga): Ó Nanda, na revista ‘Portugal Mag’ fala da minha terra, fala de
Sendim, é a primeira vez que alguém fala da minha terra! Ó Nanda, conheces este
Manuel do Nascimento? Ela responde: pois conheço. E tu também o conheces! Eu?
Pois sim. E assim, a Isabel e o Manuel, ficaram a saber, que os dois conhecem
bem Sendim.
Mais de vinte anos depois do nosso primeiro
encontro, foi assim que eu, e, a Isabel, ficamos a saber que éramos de Sendim,
eu nascido, e ela da família do Sobral.
Como o mundo é pequeno, mesmo quando a gente pensa que ele é grande. Sim, o
mundo é grande em superfície, mas para (re)encontros, sem procura, ainda é pequeno.
Foto (Luis Coixão)
Isabel Meyrelles e Manuel do Nascimento, Consulado Geral de Portugal em Paris
(abril 2015).
(texto na íntegra)