domingo, 18 de fevereiro de 2018

Visita a Sendim do Sr. Prof. Dr. José Hermano Saraiva - Boletins antigos (Nº 9)


VISITA A SENDIM DO
Sr. Prof. Dr. José Hermano Saraiva
(ano de 2002)



      No dia 20 de Junho de 2002 tivemos a visita do ilustre Prof. Dr. José Hermano Saraiva.
      Tendo almoçado no Restaurante «A Tarraxa», dirigiu-se, pelas 15:30 para o lugar de Sendim. Aí foram feitas filmagens à Igreja Matriz e ao Pelourinho, comentados pelo Sr. Professor.



      A receção foi feita por Pedro Teixeira, membro da ARTT, licenciado em História — variante Arqueologia, que terá esclarecido o Sr. Professor de algumas dúvidas. Pedro Teixeira foi fotografado junto do Sr. Professor.
      O Sr. Professor apreciou bastante a Igreja, nomeadamente o seu pórtico de entrada. Reparou na falta do motivo escultórico, situado superiormente à porta… Soube que se tratava de uma escultura de um pelicano, que se encontra guardada na sacristia da igreja. Referiu que deveria ser lá colocado.
      O Professor José Hermano Saraiva apreciou bastante as publicação da ARTT: Boletim Amigos da Região Tedo — Tóvora, Roteiro e Postais.
      Depois da sua visita ficamos na expectativa do programa a passar na RTP... A região foi retratada segundo os elementos históricos e arqueológicos mais conhecidos, sendo a nossa terra representada pela Igreja Matriz e o Pelourinho manuelino de Sendim. Muitos outros elementos importantes do nosso património local ficaram, no entanto, por mostrar. Talvez noutro programa, apenas dedicado à nossa Vila, seja possível mostrar todo o esplendor dos nossos monumentos e paisagens…

A direção da ARTT


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Festa à Nossa Senhora do Bom Despacho (2002) - Boletins antigos (nº 9)

FESTA EM HONRA DA NOSSA SENHORA DO BOM DESPACHO NA VILA DE SENDIM
Por: Maria Laura Sequeira
(ano de 2002)



             Realizou-se esta festa nos dias 14 e 15 de Agosto, este ano por iniciativa do Conselho Económico da Igreja de Sendim.
             Foi uma festa simples, com a finalidade de angariar dinheiro para a restauração da nossa igreja, mas que proporcionou a todos aqueles a que a ela assistiram momentos de alegria e diversão.
             No dia 14 à tarde a Banda Musical de Sendim percorreu as ruas da nossa vila, animando desde logo os habitantes com a sua sempre apreciada atuação. À noite para animar as gentes até à hora do arraial houve um grandioso baile abrilhantado pelo conjunto «Banda Gota d’Água». Às 24 horas a noite iluminou-se com uma grandiosa partida de fogo do artifício – era o arraial.
             No dia 15 às 7 horas a povoação acordou com uma salva de morteiros, seguindo-se a arruada com a Banda Musical de Sendim que animou as principais ruas da vila. Às 10 horas saiu da lgreja Matriz uma grandiosa procissão, onde além do pálio, iam os estandartes, dezassete andores em cima de tratores e numerosas figuras bíblicas que ao som de temas religiosos executados pela Banda de Sendim percorreu as ruas da vila até ao recinto da Capela de Nossa Senhora do Bom Despacho. Aí, houve missa campal cantada pela Banda e sermão. Da parte da tarde e ainda no recinto de Nossa Senhora do Bom Despacho, assistimos a um brilhante concerto pela nossa Banda, que pôs muitos romeiros a dançar até mesmo à tardinha.
             À noite as diversões continuaram e muita gente dançou animadamente ao som do grupo musical «Diversão». Penso que Sendim está de parabéns.
             Qual o motivo da escolha do dia 15 de Agosto? É que não existe no calendário litúrgico um dia próprio para a veneração da Nossa Senhora do Bom Despacho e como o dia 15 é o dia das sete Senhoras é portanto também o dia d’Ela.
             Além desta motivo, foi também para aproveitar a estadia dos emigrantes e dos migrantes que têm uma enorme devoção à Nossa Senhora do Bom Despacho, pois que não vão para outras terras sem que primeiro passem pela capelinha e pedir à Senhora que os abençoe durante a sua ausência, e quando regressam, lá vão eles agradecer as graças que lhes concedeu o a sua proteção.
             Penso que a Nossa Senhora do Bom Despacho é para os emigrantes das nossas redondezas, como a Nossa Senhora de Fátima é pra os emigrantes de Portugal.



             No dia 15 de Setembro, dia da nossa padroeira, Nossa Senhora do Pranto, realizou-­se também uma linda festa. A procissão saiu da capela de S. Miguel e recolheu na Igreja Matriz onde foi celebrada missa e sermão. A nossa Banda Musical participou na missa e na procissão.
             É de salientar a representação da Associação Lar da Terceira Idade em ambas as festas, com um andor na procissão. Exemplo a seguir por outras associações.

                                                   Maria Laura Sequeira

EDITORIAL - Boletins antigos (nº 9)

EDITORIAL
Boletim nº 9
ano de 2002


domingo, 11 de fevereiro de 2018

Auto de Natal - Bol. 70

Auto de Natal
Por: Sérgio Rodrigues



(texto na íntegra)
Após uma semana de um trabalho intenso, para que no dia 23 de Dezembro os intervenientes e o público tivessem as melhores condições. O resultado foi um cenário magnífico, que pôde ser contemplado por perto de 300 pessoas.
Pelas 21h30 a Banda de Música de Sendim dá início, tocando uma música de Natal.
A peça de teatro Auto de Natal começou. Os atores do grupo de teatro amador de Tabuaço “TEATRAÇO” começam a subir ao palco e a representar o nascimento do menino Jesus. O público jubilou e não tirou os olhos dos diferentes cenários, durante os 60 minutos em que o grupo do TEATRAÇO nos presenteou.
No final os elementos da Junta de Freguesia de Sendim, ofereceram uma prenda às crianças do Jardim de Infância e Primeiro Ciclo desta Freguesia.






Agradecimentos: Câmara Municipal de Tabuaço, Banda de Musica de Sendim, Grupo amador de teatro “TEATRAÇO”, Maria Pedruco, Rui Costa Carvalho, Jorge Santos, Jorge Soeiro, Luís Oliveira, Alfredo Basílio, Mário Santos, a todas as pessoas que disponibilizaram material para a decoração e aos que trabalharam no cenário.
Um muito obrigado ao público que compareceu em massa.   
Desejo-vos um ano de 2018 cheio de Paz, Saúde e Amor.

Presidente da Junta de Sendim

Sérgio Rodrigues







José Augusto Coelho - IV - Bol. 70

José Augusto Coelho - IV
Por: Paulo Monteiro 


 CONTINUAÇÃO
“O formato do livro deve ser elegante e prático”
“Em todo ele deve dominar uma rigorosa coerência, gráfica e ortográfica”
“A página não deve oferecer o aspecto de um todo compacto”
“As linhas devem ser espaçadas e faiadas”
“Deve ser confecionado de maneira a ser metodicamente dividido com toda a clareza e nitidez, em partes, secções, subsecções e capítulos, etc”
“Tais são, em resumo, as condições – interiores e exteriores – que devem caracterizar o livro de ensino”

José Augusto Coelho
(...)
(...)
A amizade e estima pessoal entre estes dois homens manter-se-ia em anos vindouros, como testemunha a correspondência trocada entre Lopo de Miranda (como promotor de uma homenagem a José Augusto Coelho) e Bernardino Machado.  Essa correspondência teria como objectivo obter apoios para um monumento de homenagem a José Augusto Coelho.   

SANTA LUZIA DE SENDIM -Bol. 70

SANTA LUZIA DE SENDIM
Maior o recinto e maior a Romaria
Por: Maria Lisete Soeiro Coelho Ferreira




Este ano a Festa de Santa Luzia teve mudanças e progresso…
Tal como já vem sendo hábito, desde o tempo do Senhor Padre Dinis, o dia da festa de Santa Luzia foi alterado. No dia 13 que era o dia dela, como calhou no meio da semana, só teve missa e sermão, a festa passou para o domingo seguinte, este ano dia 17.
Mais romeiros e mesmo mais feirantes estiveram este ano na Romaria. Logo pela manhã se apresentou um dia espetacular para a época. Um dia quentinho, com um sol maravilhoso, mostrando o lindo céu azul a todos os devotos da Milagrosa Santa Luzia, tornando um dia agradável e assim os romeiros aguentaram-se lá até à noite.

As pessoas que foram de manhã, logo que chegaram e como já é costume, fizeram a romaria à Capela e de seguida visitaram os feirantes, fazendo as suas compras. À hora da Eucaristia, que este ano foi celebrada, pela primeira vez, por o Senhor Padre Diamantino, nosso Pároco atual, que por sua vontade própria, alterou a Procissão da festa para depois da missa.
(...)











 De há um ano para cá o maior desejo de alguns elementos do Conselho Económico era comprarem o terreno que estava à venda em frente à Capela. Não têm conta as vezes que foram a Arcos para fazerem o negócio. A compra daquele terreno é uma mais valia para a Paróquia de Sendim, porque naquele sítio não podiam deixar lá meter ninguém, porque podia trazer problemas para a Capela.  Havia uma pessoa em Arcos interessada nessa compra, mas era para lá plantar castanheiros ou eucaliptos. Só vinha trazer lixeira para o recinto da Festa, com os ouriços, as folhas e as possibilidades de incêndios. Como já não têm lugares no recinto para os feirantes, que vêm fazer a feira nesse dia da festa e nem para estacionamentos dos carros,  têm que alargar o recinto para poderem entrar mais feirantes, visto ser o único rendimento que tem a paróquia.
Aquele terreno, por coincidência, antigamente já foi de Sendim. Por isso as pessoas de Arcos têm vindo sempre a dizer que a capela de Santa Luzia lhes pertencia, porque está construída em terrenos de Arcos, mas o que eles não sabem é que estes terrenos já foram todos de Sendim. Contava-me a minha avó que os seus antepassados lhe contaram, que antigamente havia uma família muito rica em Arcos. Emprestavam dinheiros a juros, mas ficavam com os terrenos em troca, até pagarem o dinheiro pedido. E em Sendim havia umas famílias muito pobres mas que tinham ali os seus terrenos. Foram a Arcos pedir dinheiro emprestado, mas como o tempo estava difícil e nunca arranjaram o dinheiro para pagar os juros e o empréstimo, lá ficaram os terrenos para sempre com a gente de Arcos.
 Mas o que interessa é que a Capela tem as portas viradas para Sendim e não para Arcos, que era essa lei naquele tempo, senão fosse essa lei também a porta lateral do lado, estaria virada para Arcos, para entrar o sol e não fizeram isso.
Os antigos diziam que os Sendinenses construíam as Capelas no limite do território e é verdade, que o limite territorial das finanças ainda hoje é  na linha de agua que passa ao fundo.
Sendo assim o terreno acabado de comprar já foi de Sendim, depois passou a ser de Arcos e agora foi recuperado novamente para Sendim e chega mesmo à divisão do território.
Esta compra veio dar mais espaço ao recinto da Santa Luzia, apesar de ainda não terem o dinheiro todo para acabar de o pagar, mas já há algumas ofertas. Por isso amigo leitor ou leitora, a Santa Luzia conta com a vossa colaboração para tal e Ela vos agradecerá, guardando os vossos olhinhos até ao fim da vida.

                                       Milagrosa Santa Luzia
                                       Da paróquia de Sendim
                                       Guardai os nossos olhos
                                       De  todo o mal ruim…  






“Nem Tudo Acontece Por Acaso” - Romance de Manuel do Nascimento - Bol. 70

“Nem Tudo Acontece Por Acaso” - 
Romance de Manuel do Nascimento - 
Boletim 70
Por: Carlos Soeiro Cravo
e Manuel do Nascimento



“Nem tudo acontece por acaso” é o primeiro romance de Manuel do Nascimento, editado pelas Edições Colibri, Faculdade de Letras de Lisboa.

“Quero viver na rua
Falar para a lua
Pois é da rua que eu venho
É nela que eu sonho
E com mais ninguém posso falar
E já nem palavras de saudade me convencem
Quero ser como os rios que morrem no mar
Porque, jamais ninguém me convence.
Neste meu sonho de vagabundo
Deitando contas à vida
Num instante de seguida
A noite e a lua, são o meu mundo.”
                                In Nem Tudo Acontece Por Acaso (Manuel do Nascimento)


Li o romance. Gostei muito do que li…
Gostei da forma como os acontecimentos foram entrosados no decorrer da narrativa. Prendeu-me, a leitura; entusiasmou-me para chegar ao fim rapidamente. Bom final.
É um livro pequeno que se lê facilmente. Mas não é um livro “facilitista” ou banal. É muito formativo e informativo, e por vezes profundo…
(...)




O autor:
Manuel do Nascimento, nasceu em Portugal (Sendim, Tabuaço) e está radicado em Paris desde 1970. Desde jovem um apaixonado por História, – fez com que em terras gaulesas começasse a escrever vários livros em português, francês – e ainda em português/francês – de modo a promover a história de Portugal além-fronteiras.

Um livro recorda também o que ‘pouca gente’ sabe, ou já esqueceu.

As páginas deste romance são uma narração simples, sem estridências intelectualizantes.

Acreditar que toda a história está carregada de estórias, que o conhecimento faz os homens sábios e a humildade faz os grandes homens. Sabendo, no entanto, que é sempre possível aliar as duas. Foi o que fiz. Nestas páginas deixo palavras soltas das minhas últimas férias ao país que me viu nascer transportando na minha mente estórias da terra que me recebeu. Aqui deixo conhecimento, sentimentos, emoções e saudade. Principalmente saudade.

Dedico estas páginas a todos os meus amigos que de longe ou de perto me incentivaram a realizar este trabalho.



Bibliografia do autor

- Nem tudo acontece por acaso – (Primeiro romance) à Edição em português  (Lisboa-2017)

- Histoire du Portugal – Une Chronologie Versão francesa (Paris-2016)

- Première Guerre mondiale (Centenaire 1914-2014) et la main-d’œuvre portugaise à la demande de l’État français Edição em francês (Paris-2014)       
                                                                    
- História de Portugal – Uma Cronologia – (Três Volumes) à Versão portuguesa (Lisboa-2013)

- D. Afonso Henriques – Assim Nasceu Portugal – Edição em português (Leiria-2012)

- Troisième Invasion Napoléonienne au Portugal - Bicentenaire (1810-2010) Edição em francês  (Paris-2010)

- Edições em bilingue – Português/Francês

- A Revolução dos Cravos em  Portugal – Cronologia de um combate pacífico  (Paris-2008)

- La Bataille de La Lys - 9 avril 1918 – Dever de memória (Paris-2008)

- En Lutte contre l’État salazariste - Une certaine idée du Portugal - Norton de Matos (Paris-2007)

- Chronologie de l’Histoire du Portugal (Paris-2001)
(Manuel do Nascimento)

sábado, 10 de fevereiro de 2018

BOLETIM 70

Boletim nº 70



- "Nem Tudo Acontece Por Acaso" Romance de Manuel do Nascimento
           por: Carlos Soeiro Cravo


- Romance "NEM TUDO ACONTECE POR ACASO"  
           por: Manuel do Nascimento


- Maior o Recinto e Maior a Romaria - SANTA LUZIA DE SENDIM 
           por: Maria Lisete Soeiro Coelho Ferreira


- Homenagem à minha Mãe
           por: Maria de Fátima


- José Augusto Coelho - IV
           por: Paulo Monteiro


- AUTO DE NATAL
           por: Sérgio Rodrigues