quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A Catequese e as Comunhões de Outrora - Bol. 57

A Catequese e as Comunhões de Outrora
Por Maria Lisete Soeiro Coelho Ferreira


            Como eram diferentes as Comunhões e a Catequese de antigamente! Não têm comparação possível com as de hoje.
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grupo de catequistas - 1969



Esta foto é uma grande recordação que tenho das Catequistas dos anos 60. Foi tirada nas escadas do coro da Capela de S. Miguel em Paço, num dia da Comunhão Solene, no final das cerimónias da tarde. Não sei se alguém nos vai reconhecer a todas, mas eu vou dizer quem somos.

Do fundo para cima: A Beatriz, a Senhora D. Olimpia, que era irmã do Senhor Padre Dinis, as crianças que estão com ela, o menino era o Luizinho, neto do Senhor Lelinho, a menina era a Laura, filha da Senhora Alice Veiga, ao lado era a Lá-Salete Santana, a Adelaide Mourão, a Georgete Pinto, a Lúcia Almeida e as sobrinhas, a Elisabete e a Elsa, depois é a Goreti do Lelo, a Dores Cravo, a Elsa Barreiros, a Aida do Cravo, a Elisabete Pinto, a Isabel Tiago, a Judite Santana, a Cândida Santana, a Laura Oliveira e a que está no cima de tudo rente à porta do coro, sou eu, Lisete. Só falta lá a minha irmã Mercedes que também era catequista, mas naquele momento não estava lá.
(...)

No final das cerimónias na Igreja, toda a gente se dirigia para a Quinta do Passal, visto que antigamente era lá a Casa dos Padres. Aí todos comiam uma grande merenda, que já servia de almoço. As mães já iam aviadas com o farnel por causa das crianças estarem em jejum. Ainda me lembro, no meu tempo, que a minha mãe levou um coelhinho estufado, outras levavam um franguinho, bola de canela, bola de carne etc.    
(...) 



sábado, 25 de outubro de 2014

Encerramento das Escolas - bol. 57

ENCERRAMENTO DAS ESCOLAS
Por: Carlos Cravo


       É o fim da Escola. O fim da escola rural, da escola da aldeia, da escola da família… Onde as crianças das aldeias se sentiam protegidas, perto dos pais e da comunidade que conheciam, junto dos seus.
         A escola da vila, escola urbana, acaba com esta proteção, com esta familiaridade, com este acolhimento tão peculiar de uma criança se sentir segura, autoconfiante, aprendendo o mundo na aldeia que é sua e que a conhece desde que nasceu.
         Até aos dez anos uma criança precisa mais que tudo do apoio sociofamiliar, da proximidade da mãe ou da avó, depois disso tem tempo para se socializar em escolas urbanas e mais populosas.



O país urbano não difere muito das características sociais da vida urbana nos outros países da Europa e do Mundo. O que torna Portugal genuíno e peculiar são as gentes do interior, a vida da aldeia. Aqui reside a essência, a alma do País, aquilo que o distingue e o singulariza. É no mundo rural do interior que se encontra a substância primordial de um dos países mais antigos do Mundo. 


No futuro, Portugal vai perder aquilo que o torna tão próprio, genuíno e único: a vida nas aldeias, a sociedade rural. É o princípio do fim de Portugal!
Sendim, setembro de 2014
(texto na íntegra)


sábado, 18 de outubro de 2014

Boletim 57

Boletim 57
está a chegar



- Encerramento das Escolas
          por Carlos Cravo

- Pedra do Cavalo
          por Jorge Santos

- Verão 2014
          por Miguel Carona

- A Catequese e as Comunhões de Outrora
          por Maria Lisete Soeiro Coelho Ferreira


sábado, 11 de outubro de 2014

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Encontro dos “Amigos da Região Tedo-Távora” - Boletins antigos - nº 7 - ano 2001

Encontro dos “Amigos da Região Tedo-Távora
Por Terras da Região

Por: Arlindo de Sousa


Os “Amigos da Região Tedo-Távora” realizaram mais um “Encontro...”, na sua área de intervenção, em 17 e 18 de Março de 2001.
O “Encontro...” teve, como momentos mais altos, dois percursos, um pedestre e outro motorizado, durante os quais os participantes tiveram a agradável oportunidade de andarem a pé, de passearem no autocarro da Banda de Música de Sendim e de guiarem os seus automóveis por sítios de inesquecível beleza natural.
Este somatório de experiências de grande descontração e feliz convívio foi enriquecido por uma componente cultural muito interessante e por abundantes e gostosos repastos preparados com produtos agrícolas e pecuários da Região...’. E, está claro, não faltou o apreciadíssimo néctar das videiras da zona, que, segundo se diz, o deus Baco tinha sempre na sua “divina” mesa.
No primeiro dia, os “Amigos da Região Tedo­-Távora”, saídos de Sendim de camioneta, passaram por Moimenta da Beira, vendo de relan­ce (não houve paragem) a Fonte da Pipa, a Igreja das Freiras, a Casa dos Guedes e o belo edifício da Câmara Municipal. Chegados a Castelo, visitaram demoradamente o “Parque de Fauna e Flora...” e o miradoiro e a capela românica da Nos­sa Senhora da Conceição, bem como os sarcófagos que por ali existem abertos na penedia granítica.
Na Granja do Tedo, os participantes regalaram­-se com um almoço-volante, servido na praia fluvial… Mas que almoço!

O grupo, depois de ter observado um cesteiro que patenteou perante todos a sua mestria no fabrico artesanal de cestas, cestos e cestinhos… (houve quem comprasse!) o de por gentileza da Câmara Municipal de Tabuaço ter feito uma visita guiada aos pontos de maior interesse histórico da povoação, retomou de camioneta o itinerário previsto até perto de Longa.
Aí, uma parte dos visitantes preferiu continuar de camioneta até Sendim; os restantes, os fisicamente melhor preparados, escalaram a serra de Longa a pé até atingirem a chamada “Citânia... (Castelo Muro)”, mesmo no cume, e dali, e depois de se terem maravilhado com a ampla e surpreendente paisagem, uns seguiram para Chavães, onde os aguardava a camioneta; outros, os mais resistentes dos corajosos continuaram a pé até Sendim. O dia terminou com um alegre e esplêndido jantar na “TARRACHA”.
No segundo e último dia, os visitantes só já preferiram andar de carrinho...

Depois de um muito bem negociado (e saboroso!) almoço no Pinhão, graças à comprovada competência em matéria da negociação do Sr. Eng. Cavaco, os participantes, organizados em caravana automóvel, apreciaram alguns quadros da beleza natural do “Vale do Távora e Douro”, subiram a margem direita do Tedo e, segundo consta, já de regresso às suas casas, ainda escalaram o santuário da Lapa. Para quê? Seguramente para requererem a Nossa Senhora da Lapa o perdão dos “pecados de gula” acumulados ao longo de dois inolvidáveis dias, que, pelos vistos, acabaram santamente