quinta-feira, 24 de maio de 2018

Sendim - Vila Histórica... (1ª parte) - Boletim 71


SENDIM – Vila Histórica…
1ª PARTE
Por: Carlos Soeiro Cravo
(In: “Banda de Música de Sendim 1980-2005,  25 anos” – 2005)



         Sandim (século XIV)
         Sindim (até inícios do séc. XX)
         Sendim (actualmente)

Sendim é Vila desde 2001 por decreto aprovado na Assembleia da República a 19 de Abril e promulgado pelo Presidente da República a 12 de Julho do mesmo ano. Tem uma vasta e riquíssima história que a elevam a uma das mais valiosas povoações do Alto Douro. Freguesia do Concelho de Tabuaço, constituía pelos lugares de Sendim, Aldeia e as anexas de Guedieiros e Cabriz, demarca-se localizada num ponto de charneira entre a região beirã e duriense. Ficava-lhe muito bem uma designação do género “Portas do Douro” ou “Portal do Alto-Douro”.
(...)



         Sem dúvida que o Vale de Sendim é um lugar onde qualquer leigo pode observar grande quantidade de vestígios romanos, como tégulas[1], fontes, construções em ruínas, peças de cerâmica, um lagar de azeite, um templete ou altar romano, vestígios de atividade de fundição de metais… Talvez com escavações ordenadas e orientadas por uma equipa de técnicos arqueólogos pusesse a descoberto o muito que deve haver a desvendar, tirando as dúvidas às hipóteses da importância romana deste lugar, não só no ponto de vista regional, mas também no plano nacional como adiantaram os técnicos da ARQUEOHOJE!




[1] “Tégulas – telhas romanas de formato inconfundível” Fernando Carlos Teixeira in “SENDIM Caminhos Históricos – Roteiro” (1999)
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Mas “em 985 Al-Mançor, califa de Córdova, alcançaria estes sítios, martirizando os religiosos de dois mosteiros que ali houve, fundados no primeiro século do cristianismo.[1] Eram os sarracenos que invadiam rápida e devastadoramente a Península Ibérica, perante a inerte e inexistente resistência militar da pacífica monarquia cristã Suevo-Visigótica.



[1] Luiz de Feitas in “Taboaço Notas & Lendas” (1915), reedição da Câmara Municipal de Tabuaço (1997), pág. 60








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