quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Santuário de S. Torcato - bol. 52

Santuário de S. Torcato


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No final da idade média era uma das principais ermidas da diocese. Muitas e concorridas peregrinações se fizeram e alguns historiadores remontam à sua realização ao séc. IX, embora outros a situem no séc. X, sendo contudo, afirmativa a data dos finais do séc. XII. Segundo a história (Azevedo, 1877), existiu no lugar onde fica a antiga capela do S. Torcato, a cerca de 920 metros de altitude, um mosteiro do séc. XIII (1216). Era governado por um «prior» o que leva a crer que não se tratava de uma comunidade de monges mas de eremitas de Santo Agostinho, por certo, depois da segunda presúria (nome dado às terras oferecidas aos nobres que as conquistavam durante a reconquista cristã e formação territorial de Portugal.)
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Discípulo de S. Tiago, motivo de perguntas nas romagens, (que assistiu ao seu martírio) S. Torcato muito jovem é escolhido por S. Pedro e S. Paulo para sacerdote, devido ao seu zelo e grande dedicação apostólica. Em Roma, no meio de grandes dificuldades, exerce a missão evangélica, sendo enviado depois, por S. Pedro, para a cidade espanhola de Guadix na qual foi o primeiro bispo. Mas martirizado e decapitado com requintes de crueldade no tempo do imperador Domiciano (o último dos doze Césares, que exerceu, no final do seu reinado, o mais acerbo despotismo, sendo assassinado por um escravo, tendo como cúmplice a sua mulher Domícia). O sepulcro de S. Torcato, aberto em 1593, mostrou o seu coração e crânio golpeados mas incorruptos. Os restos mortais do santo foram transladados para S. Tiago de Compostela, Escorial e Guadix onde se encontram.
Os inúmeros milagres que lhe são atribuídos fizeram dele, além de advogado das doenças da cabeça, do peito e dos membros, protetor dos animais domésticos e dos rebanhos.
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Bol, 52 - MANUEL DO NASCIMENTO






Manuel do Nascimento apresentou no passado dia 27 de Abril em Lisboa o seu novo livro “História de Portugal – uma Cronologia”. Editado em três volumes, este livro tem a originalidade de procurar organizar por datas todos os acontecimentos da História de Portugal. Podendo servir como livro de consulta e apoio a estudantes ou simples curiosos, “História de Portugal – uma Cronologia” - também já editado em Francês - deu igualmente resposta a uma antiga pretensão das universidades francesas onde se estuda a História de Portugal.
Este escritor nosso conterrâneo - radicado em França desde 1970 - edita as suas obras em bilingue (Francês e Português)tendo como grande preocupação a divulgação da História de Portugal em França onde como refere a nossa História é praticamente desconhecida. Foi para dar resposta a essa lacuna, nomeadamente os pontos de contacto entre a História de Portugal e a História da França que Manuel do Nascimento tinha já escrito o livro “La Lys – Devoir de Mémoire” que versa sobre a célebre batalha da 1ª Guerra Mundial onde faleceram milhares de portugueses e que foi fundamental na derrota final da Alemanha.

Nascido em Sendim onde frequentou a Escola Primária, Manuel do Nascimento foi muito jovem para Lisboa emigrando posteriormente para Paris. Este nosso conterrâneo cedo desenvolveu uma grande paixão e conhecimento da História de Portugal, sendo frequentemente convidado para efemérides e eventos deentidades oficiais e da comunidade portuguesaem França.
Os seus livros podem ser facilmente adquiridos na FNAC ou directamente ao autor através dos contactos:

Paulo Monteiro













Bol. 52 - FESTAS DE S. JOÃO EM TABUAÇO - 2013


FESTAS DE S. JOÃO EM TABUAÇO
POR Filipe Oliveira

Mais um ano, mais um S. João no nosso concelho... Tem sido assim desde há várias décadas a esta parte, comemorando São João Batista pois é o santo popular predileto fruto da sua eleição como padroeiro de Tabuaço.
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“A crença das favas
Era costume, na noite de S. João, antes da meia-noite, as raparigas “casadoiras” colocarem três favas debaixo do travesseiro de dormir. As regras ditavam que uma fava devia estar inteira de pele, outra com a pele pela metade e a outra completamente despida (descascada). Passada a meia-noite, a rapariga havia de ir tirar a sua sorte. Pegava numa fava e assim se ditava a sua sina: se lhe calhasse a fava inteira de pele havia de casar rica, remediada ficava se a mão lhe tirasse a fava com a pele pela metade mas pobre havia de casar se à mão lhe viesse parar a fava despida.”
“Rivalidade Fundo e Cimo de Vila
Pelo S. João, faziam-se antigamente festejos populares e as tradicionais cascatas, muito concorridas pelo povo de cima e pelo povo de baixo. Cada um dos povos gostava de apresentar a melhor cascata e o melhor baile. Num ano, os do povo de baixo foram ao povo de cima e, como os viram a dormir, roubaram a cascata. Houve então pancadaria rija entre os dois povos.”
“A crença do alguidar
Em noite de S. João, enche-se com água um alguidar. Nele hão-de deitar-se pequenos papeis dobrados, onde se escreveram o nome de rapazes ou de raparigas, conforme o caso. Antes que o sol nasça verifica-se o alguidar. O papel que estiver desdobrado há-de ser o par que S. João lhe reserva para casar.”
“A crença da Alcachofra
Na noite de S. João, ao saltar a fogueira com a alcachofra na mão, como aliás manda a tradição, esta há-de murchar. No entanto, se ao outro dia ela aparecer florida é sinal que alguém gosta dessa pessoa, embora ela não o saiba.”












sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A Taberna da Isaltina

LOJAS E ESPAÇOS COMERCIAIS DE ANTIGAMENTE

A Taberna da Isaltina
Por Lisete Coelho


             Antigamente, em Sendim, não existiam cafés, mas ainda havia muitas tasquitas ou tabernas, como lhe chamavam nos anos 50.
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            A Senhora Isaltina tinha lá uma tabernita, com todos os produtos da época, mas também tinha bebidas, principalmente os copinhos do vinho, água pé, os pirulitos e alguns petiscos, que eram umas sardinhitas fritas, uns bolinhos ou pataniscas de bacalhau, uns ovos cozidos, etc. Isto mais para quem vinha nas carreiras. Também fazia lá a padaria, cozia pão para vender ao povo e para fornecer às outras tabernas. E vendia sacos e sacos de farelos! Negociava também em castanhas, nozes e batatas. Tinha sempre sacos cheios dessas mercadorias. Também era ali a sua casa de habitação, para ela e os seus 4 filhos. E ainda era lá o “soto”, assim se chamava naquele tempo onde trabalhavam os sapateiros; trabalhava lá o seu filho João e o neto Narciso.
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Boletim 52

BOLETIM 52 - Julho 2013


- LOJAS E ESPAÇOS COMERCIAIS DE ANTIGAMENTE - A Taberna da Isaltina
                                                                                          por Lisete Coelho

- Festas de S. João em Tabuaço
                                                                                          por Filipe Oliveira

- Manuel do Nascimento
                                                                                          por Paulo Monteiro

- Santuário de S. Torcato
                                              Fábrica da Igreja da Paróquia de Santo Adrião de Cabaços