sábado, 26 de setembro de 2015

João Gonçalves Matos - Bol. nº 60

João Gonçalves Matos

Por: Octávio Formoso Gonçalves




Este mês é aniversário do meu pai, já não está cá mas achei por bem escrever alguma coisa como modo de o recordar e dar a conhecer a visão do filho mais novo, escrevo também como forma de agradecimento para toda a equipa da ARTT devido ao seu esforço em manter viva a chama da nossa terra.
Ao mesmo tempo penso que é nosso dever fazer por não esquecer a memória antiga dos nossos antepassados…
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Ensinou-me também 2 lições que guardo:
A primeira em que um dia eu dizia que a minha vida era difícil e ele retorquiu que eu não sabia o que era difícil pois quando se casou foi para uma casa em que o chão era terra e tinha meia dúzia de talheres, malgas e pratos e difícil é não se ter quase nada.
A Segunda dita por ele e por minha mãe em que quando me perguntavam como eram as minhas notas, sendo insuficientes e diziam que o que agora não me sacrificava o faria mais tarde e isso não pode ser mais verdade…



quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Encontros e Encontro - bol. 60

Encontros e Encontro


Isto é a história das estórias das nossas vivências. Uma história de gentes da nossa vila de Sendim em terras gaulesas.
Manuel nasce em Sendim, e, depois de uns anos em Lisboa, vai para França em 1970, e lá ficou desde então. Isabel Meyrelles, nasce em Matozinhos, vai para Lisboa em 1947/1948, onde expôs na 4.a Exposição de Artes Plásticas, e em 1950, com ansiedade de liberdade, vai para Paris, como muitos outros artistas portugueses. Foi nos anos 1990, e, no meio artístico que Manuel do Nascimento trava conhecimento com Isabel Meyrelles. Para Manuel, Isabel era uma artista portuguesa, que para ele o honrava, desta grande personalidade e artista. Em 2005 recebe a Medalha do Mérito dourada de Matosinhos. No dia 11 de dezembro de 2009, o Embaixador de Portugal em França, Francisco Seixas da Costa, condecorou Isabel Meyrelles com as insígnias de Comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. A condecoração foi atribuída pelo Presidente da República Cavaco Silva, em junho de 2009. Além de escultora, Isabel Meyrelles também publica livros de poesia. Isabel Meyrelles, ainda voltou viver para Portugal entre 1970 e 1979, mas como não podia suporta novamente Portugal (sic) voltou para França para ficar definitivamente em terras gaulesas e viver a sua paixão artística e literária.

Desde há alguns anos, Manuel do Nascimento escreve mensalmente uma página numa revista da diáspora portuguesa em Paris ‘Portugal Mag’, onde pretende fazer redescobrir o nosso país. Acontece que Isabel Meyrelles, anima também uma página nessa mesma revista, sobre a poesia. Até aqui nada de mais normal. Eu lia a revista e os seus poemas e a Isabel a revista e a minha página. Mas, um dia, na minha página ‘Redescobrir Portugal’, Isabel Meyrelles, ficou contente, de saber que alguém escreve sobre Sendim ‘A minha terra’ diz ela a uma amiga dela que colabora com a Isabel nos poemas, e, então, toda contente, e, pergunta à Nanda (a sua amiga): Ó Nanda, na revista ‘Portugal Mag’ fala da minha terra, fala de Sendim, é a primeira vez que alguém fala da minha terra! Ó Nanda, conheces este Manuel do Nascimento? Ela responde: pois conheço. E tu também o conheces! Eu? Pois sim. E assim, a Isabel e o Manuel, ficaram a saber, que os dois conhecem bem Sendim.
Mais de vinte anos depois do nosso primeiro encontro, foi assim que eu, e, a Isabel, ficamos a saber que éramos de Sendim, eu nascido, e ela da família do Sobral.
Como o mundo é pequeno, mesmo quando a gente pensa que ele é grande. Sim, o mundo é grande em superfície, mas para (re)encontros, sem procura, ainda é pequeno.

Foto (Luis Coixão)
Isabel Meyrelles e Manuel do Nascimento, Consulado Geral de Portugal em Paris (abril 2015).
(texto na íntegra)