quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Boletim 50 - Lugares da Nossa Terra - ALDEIA


Lugares da nossa terra


Aldeia
Cabriz
Sendim
Guedieiros
Paço
Bouções



Aldeia (Sendim)



Gustavo Monteiro de Almeida



Uma das povoações que constitui a freguesia de Sendim é Aldeia, cujo topónimo nos remete, segundo Almeida Fernandes, para o termo original de um prédio rústico, agrícola e que, com o decorrer dos séculos, passou a designar as povoações que não eram sedes de vila, distinguindo-as, então, como, no presente caso, da vila propriamente dita, que é Sendim.

Aldeia já aparece referida no ano de 1527, denominando-se, segundo o Cadastro do Reino, como lugar «dalldea» com 46 fogos habitacionais. Em 1708, segundo o Pe. Carvalho da Costa, na sua Corografia Portugueza, o lugar de Aldeia contava 100 vizinhos (famílias).

(...)

Antigo Solar dos Soeiros






Capela de Santa Bárbara






Cemitério de Sendim




Cruzeiro dos Centenários



Fonte da Caseira



Fonte do Forno




Fonte do Polameiro





Fonte da Quinta do Bom Jardim




Fonte da Rua dos Tornos D'Arcos




Rua dos Tornos D'Arcos




Janela Manuelina - Rua do Areal





segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Boletim 50 - FRUTO DA ÉPOCA


Fruto da época

Texto e fotos de Jorge Santos




O frio, fruto da época, regressa ao concelho após curtas férias de Verão. Residente habitual destas paragens, por aqui anda 9 meses como a sabedoria popular o testemunha: “Nove meses de Inverno e três de Inferno”. Desde sempre os Tabuacenses souberam conviver com este vizinho de grande temperamento, se para alguns era dispensável tal vizinhança, para outros, que da terra tiram o sustento, é respeitada mas, há aqueles que movidos por uma curiosidade juvenil ou de descoberta, encontram em algumas manifestações do frio motivos para o desenvolvimento de actividades de recreio e contemplação nomeadamente com a neve e o gelo.

A geada não usufrui de tão grande fama porque quando o Sol se torna mais preguiçoso, é a primeira aparecer e anuncia que o tempo quente já lá vai. Assim, após as noites limpas e frias, como por encantamento, o dia desperta com uma pequena camada de cristais de gelo cobrindo toda a superfície. Se nalguns locais ela dissipa-se com os primeiros raios de Sol, noutros locais mais abrigados e sombrios, e quando o rigor do inverno se faz sentir, a geada acumula-se em camadas sobre camadas parecendo um pequeno nevão. Para os mais atentos a geada apresenta-se com um artífice joalheiro na forma como veste as plantas de pequenos cristais. Uma oportunidade para observar plantas e outros pormenores com aspectos curiosos.

Mas se nevar, quem não resiste em vasculhar em redor e apreciar a obra desse monocromático artista, que por vezes premeia os olhos de quem vive ou está de visita à região. Se for o caso procure registar fotograficamente planos das nossas paisagens e locais da memória colectiva, com igrejas, capelas, fontes, pelourinhos, etc.

O gelo não deixa de exigir os seus créditos quase todos os anos na zona mais serrana.
Acumulado sobre a forma de sincelo, manifestação de tempo mais austero, embora mais raro, também constitui um aspecto interessante do inverno. Procure registar onde este fenómeno é mais expressivo, como por exemplo nos ramos das árvores contrastando com um fundo que o faça realçar.

 Podemos desta forma encontrar uma óptima ocupação dos nossos tempos livres ultrapassando os, supostamente poucos interessantes, dias de inverno.